sexta-feira, novembro 10, 2006

EUA devem retomar treinamento de militares na América Latina
Bárbara Slavinem Washington
Uma preocupação com vitórias da esquerda na América Latina levou o presidente Bush a discretamente dar permissão para os EUA voltarem a treinar militares de 11 países da América Latina e Caribe.
O governo espera que o treinamento crie laços com países na região e enfraqueça a tendência à esquerda. Daniel Ortega, inimigo americano na região nos anos 80, foi eleito presidente da Nicarágua nesta semana. Os bolivianos escolheram outro esquerdista, Evo Morales, no ano passado.A proibição de fornecer treinamento militar foi originalmente formulada para pressionar os países a isentarem os soldados americanos de julgamentos de crimes de guerra. A lei americana de 2002 proíbe os países de receberem assistência militar e treinamento caso se recusem a dar imunidade aos membros do serviço militar americano que de outra forma poderiam ser levados à Corte Criminal Internacional. A lei, entretanto, permite licenças presidenciais.A Casa Branca suspendeu a proibição em 21 países, a metade, aproximadamente, na América Latina e Caribe, por meio de um memorando presidencial no dia 2 de outubro para a secretária de Estado Condoleezza Rice. A proibição em dar armas aos países persiste. A venda de armas comerciais não foi afetada, diz Jose Ruiz, porta-voz do Comando Sul dos EUA.A proibição de treinamento custou a influência dos EUA. A questão ganhou urgência depois que uma série de candidatos de esquerda chegaram ao poder na América Latina. Rice disse em uma visita à região neste ano que o impacto da proibição foi o "mesmo que atirar no próprio pé".A China ocupou o espaço. Ruiz disse que a China "procurou todos os países da região de nossa responsabilidade", trocou militares de alta patente com Equador, Bolívia, Chile e Cuba e forneceu assistência militar e treinamento à Jamaica e à Venezuela.A proibição continua em vigor em alguns países. A Venezuela, cujo feroz presidente Hugo Chávez é crítico do governo Bush, continua inelegível porque consta de uma lista do Departamento de Estado de países que teriam permitido o tráfico de mulheres e crianças para exploração sexual e trabalho forçado. Cuba também está fora por causa de um longo embargo americano contra o regime de Fidel.Ruiz diz que esforços estão sendo feitos para que as verbas sejam transferidas neste ano e o treinamento de oficiais estrangeiros dos países aprovados seja iniciado no próximo ano. O treinamento será conduzido nos EUA.Países elegíveis: Barbados, Bolívia, Brasil, Costa Rica, Equador, México, Paraguai, Peru, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago e Uruguai.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Fiquei conhecendo este blog somente agora e confesso você está fazendo um ótimo trabalho.Parabéns!!!

11:23 AM  

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