Levantamento foi feito nas prisões e revela novo organograma da facção; dos 11 líderes principais, 8 ascenderam recentemente
Facção criminosa tem 220 mulheres filiadas nos presídios, afirma serviço de inteligência policial; grupo passou a atuar em células
KLEBER TOMAZ
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos levantes de maio e julho, houve pelo menos 825 atentados, que resultaram na morte de 152 pessoas (96 supostos integrantes e 56 civis, policiais e agentes). Apesar de muitos dos líderes não terem acesso aos celulares, seus recados são passados por códigos aos advogados e visitantes. Segundo a polícia, expressões como "pode partir" significam executar ações terroristas, como os ataques às forças de segurança. Para cadastrar os presos ligados ao PCC e elaborar o novo organograma, as polícias levaram em conta o poder de mobilização dos membros do grupo dentro e fora dos presídios. Junto à população carcerária do Estado, outros presos que não aparecem no organograma também têm grande importância dentro do PCC e deverão ser transferidos em breve pelo governo paulista para o presídio federal de Catanduvas (PR). São eles: Cláudio Rolim de Carvalho, o Polaco, Anderson de Jesus Parro, o Moringa, Marcelo Moreira Prado, o Exu, Luiz Henrique Fernandes, o LH, David Stockel Ulhoa Maluf, o Macgaiver, Osmar Giglioli Pena, o Tico Branco, Valdeci Alves dos Santos, o Colorido, Alexandre dos Santos, o Seco, Wallace da Silva, o Baianinho do Vietnã, Ivonaldo Xavier Adelino, o Boi Branco, Cristiano Ricardo Ramos Álvares, o Carioca, e Paulo Cesar Souza Nascimento Júnior, o Paulinho Neblina.