segunda-feira, novembro 28, 2005

Você se considera burguês, mas vende sua força de trabalho para um patrão. Este sim é burguês. Você não passa de um proletário, explorado, como todos os trabalhadores, pois com certeza seu patrão não lhe paga um salário justo, de acordo como que você produz.

A revolta dos franceses vem da exclusão, e pelo que vi você ainda se considera incluso no sistema, ou seja, tem um salário, ainda que injusto, coisa que os excluídos não tem. Por isso ainda aceita sua exploração, pois assim julga que faz parte do sistema.

O grande problema é que a massa de excluídos cresce a cada dia. Porque você acha que a violência cresce tanto? Talvez você sinta na pele o problema do capital quando for assaltado pela primeira vez. Se você for inteligente o suficiente entenderá que o assaltante só assaltou você porque ele não teve educação suficiente para entender quem realmente tem dinheiro.

Mas se quiser continue submisso a esse sistema. Tenha sua rotina diária, e veja o mundo (falso) através de sua TV. A revolução que você tem tanto medo chegará da forma que você menos espera. E sua liberdade será roubada não por aqueles que lutam pelo socialismo, mas sim pelos excluídos, que lutam para ter o que comer. Erga seus muros e volte a viver em um castelo, assim como era na idade média, mas quem tem fome consegue romper qualquer muro, pois a fome é desesperadora. Pena os excluídos não terem educação para saber de quem roubar. Com certeza não seria de você, pobre explorado e alienado.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Será que conseguiremos nos desvencilhar das grades do passado? Estamos presos a ele assim como uma pipa que sobe ao céu. Por mais que ela pareça estar livre no céu infinito ela sempre estará presa ao chão por uma linha, assim como estamos presos ao nosso passado. A pipa sobe ao céu em um processo, assim como a evolução da história. A cada nova altura, a cada nova evolução na historia, parece haver um rompimento com o passado, mas ainda estamos presos ao processo, ou seja, a linha que está presa ao chão, ao começo da história.

Porém, com essa afirmação podemos levantar vários questionamentos: Será que existe um limite no desenrolar da história, assim como existe um limite no comprimento da linha que segura a pipa? Ou será que nossa história segue e sobe presa por uma linha infinita?

Será que ao puxarmos de volta a pipa ao chão, para estudar a história de sua subida ao céu, conseguiremos entender o que passou em cada altura? Ou teremos apenas um emaranhado de linhas enroladas sem sentido algum, já que o sentido da pipa é subir sempre ao céu?

Que vento é esse que impulsiona a pipa da história ao céu? É os sopro dos próprios homens, que motivados pela loucura de novos conhecimentos sopram a pipa, mesmo sem saber se haverá um limite no comprimento da linha. Será que seremos nosso próprio limite? O que será que acabará primeiro: A linha que nos prende ao passado, ou a força de nossos pulmões que impulsiona nossa história ao futuro?

segunda-feira, novembro 21, 2005

Pois é...
Acabaram-se as noticias sobre a frança. Será que os conflitos acabaram ou a censura já começou a funcionar?
Será que ninguem percebe que estamos voltando a era das ditaduras? Nos EUA o povo vive sob uma ditadura militar, quem é contra o Bush é terrorista. Na Inglaterra depois que a popularidade do Blair caiu estouraram várias bombas. Agora eles podem matar e prender quem eles quiserem dizendo que são terroristas. Na Espanha a mesma coisa: depois dos atentados o estado militarizado pode prender qualquer suspeito mesmo sem provas. Agora na França foi decretado estado de sítio. Prisões sem mandatos a qualquer momento podem acontecer.
Isso se torna uma arma na mão do estado militarizado, que pode prender qualquer oponente ideologico do sistema implantado em cada um dos paises.Será que ninguem percebe o que é isto? Se ninguem consegue eu digo:

ABAIXO A DITADURA!!!!!!

segunda-feira, novembro 14, 2005

Ditadura contra a periferia

A notícia divulgada no dia 9 de novembro parece ter passado em branco por todo o mundo. A ação tomada pelo "gabinete de crise" francês, que reeditou a lei do Estado de Emergência, não é nada diferenciado de uma ditadura política qualquer. A lei foi aplicada pela primeira vez na Argélia em 1955, com o objetivo de sufocar a luta pela libertação do país então colonizado pela França.

Além do toque de recolher, a lei dá amplos poderes para prefeitos e governadores utilizarem as forças armadas; dá o direito de invadir casas em que residam "suspeitos de subversão" e de impedir a circulação de pessoas em lugares determinados. Também prevê a possibilidade de controle direto pelo governo das informações veiculadas pelos meios de comunicação. As mais recentes declarações tratam de prováveis deportações em massa de envolvidos nas revoltas e do fim do direito de reuniões públicas e livres.

A revolta na França é apenas um reflexo do tratamento dispensado para a população periférica. A analogia com o período colonial é inevitável. Na Argélia, menos de um milhão de pessoas de origem européia gozavam de amplos direitos, negados sistematicamente aos dez milhões de argelinos muçulmanos. Esta situação culminou na luta contra o governo ditatorial francês que, por final, foi derrubado.

http://prod.brasil.indymedia.org/pt/blue/2005/11/337715.shtml

sexta-feira, novembro 11, 2005

11/11/2005 - 15h40 - Reuters
Polícia de Paris proíbe reuniões durante fim de semana

Por Kerstin Gehmlich

PARIS (Reuters) - A polícia proibiu qualquer reunião que possa provocar desordem em Paris durante o fim de semana, dizendo que foram avisados de que episódios violentos estavam sendo planejados para o sábado na capital francesa.

A intensidade dos piores tumultos na França em quatro décadas (lembram do movimento estudantil frances de 1964?) caiu desde que o governo do presidente Jacques Chirac adotou medidas de emergência, incluindo toques de recolher, na terça-feira, para controlar os distúrbios provocados por jovens que protestam contra o racismo e o desemprego.(decretado o fim da liberdade de reunião, e prisões podem ser realizadas a qualquer momento, mesmo sem mandato)

Mas houve um aumento da violência nos subúrbios da capital durante a noite. A polícia disse que 463 veículos foram queimados em toda a França, uma leve queda em relação à noite anterior, mas o número de veículos incendiados nas áreas ao redor de Paris aumentou de 84 para 111. (Uma média de 450 carros por dia. O conflito já dura mais de 10 dias)

"Isso confirma a tendência de queda, com alguma resistência na região de Paris", ( ou será que está havendo uma censura quanto as noticias relacionadas a revolta popular?) disse o chefe nacional da polícia, Michel Gaudin, a jornalistas na sexta-feira. "Nesse fim de semana faremos um exercício de vigilância extra na região de Paris."

A polícia disse que a proibição vigoraria das 10h de sábado às 8h de domingo (horário local). (Será que ela termina? ficaremos sabendo se a proibição realmente acabou?)

Cerca de 3.000 policiais foram mobilizados na capital francesa, e as forças foram aumentadas em outras cidades do país, disse a polícia.(qualquer semelhança com um estado militarizado não é mera coincidencia)





Esquadrões de bomba com cães policiais estavam a postos, como a tropa de choque, enquanto Chirac compareceu à cerimônias do Arco do Triunfo, no centro de Paris, para comemorar o Dia do Armistício, que marca o fim da 1a. Guerra Mundial, em 1918. (Bem típico da nobreza francesa, que as vesperas da Revolução falava: Quem não tem pão que coma brioche)

Após atingir o auge na noite de domingo, os tumultos diminuíram. A polícia espera que a violência continue diminuindo durante o fim de semana do Armistício, quando o comércio fecha e os centros das cidades ficam mais vazios. (Novamente será que vamos saber realmente o que está acontecendo? Ou será que teremos a versão da mídia neoliberal?)

Entre 200 a 300 moradores dos subúrbios atingidos pela violência fizeram um protesto pacífico na Torre Eiffel na tarde de sexta-feira, pedindo fim aos tumultos e incitando o governo a ouvir os jovens rebelados. O comparecimento foi menor que o esperado. ( a burguesia capitalista realmente é bem menor que os explorados proletários, por isso compareceram em menor número)

Os manifestantes seguravam faixas com os dizeres "Sim à paz" e "Não à violência". "Sou contra a violência, mas acho que o governo deve reagir à pobreza nos subúrbios", disse Adam Drame, francês de 24 anos de origem árabe. (Deem migalhas aos porcos?)

MEDO DE VIOLÊNCIA EM PARIS

O chefe da polícia de Paris, Pierre Mutz, proibiu o transporte e a compra de gasolina em latas ou outros recipientes, depois de uma série de prisões na capital de pessoas carregando bombas incendiárias. Ele também disse temer que episódios violentos estejam sendo planejados para ocorrer na capital francesa.

"Foram feitos chamados nos últimos dias em sites na Internet e em mensagens por SMS pedindo reuniões dentro de Paris e pedindo "ações violentas", disse o gabinete de Mutz. (será o fim da liberdade na Internet?)

A cidade de Paris foi poupada dos piores episódios de violência durante mais de duas semanas de distúrbios em toda a França.

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Viva la Revolucion!!!!
Estão destruindo o maior simbolo de fetiche do mundo capitalista: O poluente e excludente social automovel. Que ele seja apenas um simbolo do que os jovens franceses querem realmente destruir!!!

quinta-feira, novembro 10, 2005

Liberdética do Caos

Buscam o padrão no caos, como cegos procuram uma luz na escuridão. A padronização de normalidade em infinitos universos caóticos impõe uma falsa realidade. Padronização genérica na grande colméia humana, falsos valores que não são meus são implantados diariamente em meu cérebro caótico. Querem um operário, que receba ordens cegamente. Não quero isso, não quero ser um robô, não quero nem mesmo ser rainha ou zangão. Não quero ser parte da colméia. Quero meu caos. Quero minha anormalidade, meu direito a loucura, ou quem sabe, uma normalidade caótica.
Sou um universo que pulsa, e está em expansão. Estarei entrando em conflito com o universo da normalidade genérica? Eu sou meu conflito!